foto: Roosevelt Cassio - Reuters
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foto: Fernando Donasci - Folhapres
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foto: Roosevelt Cassio - Reuters
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A análise socioeconômica seria suficiente para explicar o drama dos moradores do Pinheirinho e o tamanho de sua luta. Ela é, contudo, incompleta. Isso porque, a despeito da intransigência do prefeito Eduardo Cury e da justiça estadual (juíza Márcia Loureiro), que insistiram na solução policial, houve disposição do governo federal na regularização do terreno, cujo primeiro passo seria o cadastramento da Ocupação, pela prefeitura, no projeto Cidade Legal. As eleições municipais que ocorrerão no final deste ano tiveram um peso significativo, já que os partidos políticos do governo federal e municipal disputam a prefeitura da cidade. O interesse político na ação do prefeito Eduardo Cury (PSDB), explica a solução policial, atropelando a orientação da justiça federal e a intenção do governo federal de solucionar o problema de moradia no local.
Charge do cartunista Latuff representando o prefeito Cury, o governador Alckmin,
o comandante da PM e a juíza estadual Márcia Loureiro |
direto ao ponto e muito embasada sua análise. é um episódio que explicita como nosso passado patrimonialista está bem vivo.
ResponderExcluirsó corrige lá "dois mil famílias"
continue o bom trabalho!
Texto interessante, ainda nao havia lido uma análise tao consistente contra a desocupacao do pinheirinho... Nao conheço detalhes do processo juridico associado à desocupação, mas uma coisa é certa, além dos pobres que encontram no local sua única opção de moradia, há muita especulacao imobiliaria tambem. Diversas pessoas que compraram terrenos sabidamente ilegais a preços baixissimos na expectativa da leniencia do sistema jurídico e aguardando açoes politicas populistas (sem foco no planejamento urbanistico da cidade) de regularizacao. Enquanto aceitarmos que esse tipo de ocupacao se torne o novo modelo de planejamento urbanistico nacional, nossas cidades estao fadadas ao caos e baixa qualidade de vida. Hoje existem mecanismos de inclusao como minha casa minha vida... Temos que deixar claro que a ocupacao ilegal nao e aceita pela sociedade como um todo. Além disso, o terreno pertence a massa falida da empresa, portanto patrimonio dos seus trabalhadores e nao de um milionario corrupto...
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