Criada pelo governo e amplificada pela imprensa, a paranoia
em torno do crescimento do PIB brasileiro ofende pelo tamanho da miopia de
nossos economistas. Vendido como objetivo primeiro da gestão Dilma, confunde-se
crescimento com desenvolvimento e, pior, dá-se sobrevida a um índice anacrônico
e traiçoeiro. O PIB, contudo, tem seus defensores. Aliás, se crescemos, é
devido, principalmente, ao peso de nossas valiosas commodities, cana, soja e
minério. Batemos todos os recordes de produtividade agrícola, enquanto
definhamos em uma riqueza que leva décadas para desenvolver-se: o capital
humano.
Pois bem, deixo aos sábios economistas brasileiros um discurso
de um deputado americano, feito em 1968.
"Yet
the gross national product does not allow for the health of our children, the
quality of their education, or the joy of their play. It does not include the
beauty of our poetry or the strength of our marriages; the intelligence of our
public debate or the integrity of our public officials. It measures neither our
wit nor our courage; neither our wisdom nor our learning; neither our
compassion nor our devotion to our country; it measures everything, in short,
except that which makes life worthwhile.”
Robert F. Kennedy
Fica outra dica para a nossa equipe econômica: o site http://www.beyond-gdp.eu
Amartya Sen: "HDI is people-centered ... GDP is commodity-centered"
Amartya Sen: "HDI is people-centered ... GDP is commodity-centered"